2012-07-27
2012-07-23
Cumpriste
O que
foste ameaçando tantas vezes.
Começaste
por me afastar, pouco a pouco, lentamente. Foste limitando a minha presença,
empurrando-me, excluindo-me. Um bocadinho de cada vez... todos os dias mais um
bocadinho... sempre um bocadinho mais para longe.
Nada do
que digo está certo. Se por acaso ando perto do que pensas é o tom de voz que é
errado. Nada do que faço é bom. Deveria fazer sempre de outra forma. Interessa acima
de tudo que que a minha forma é má, errada.
Mais um
dia e empurras-me mais um bocadinho... sempre para mais longe...
Sempre
que me tento aproximar de ti sou afastado. Fazer-te uma festa na face tornou-se
quase num suplício para ti. Tu partilhares o que quer que seja também. Se
eu o tento fazer estou sempre a usar o meu tom executivo.
E vais
empurrando, enclausurando-me no meu canto, semeando-me a insegurança…
Sou
bruto, mau, mentiroso, intransigente, ciumento, desconfiado, de que me esqueci?
Excluis-me...
de nada me serviu tentar falar contigo, surpreender-te, mimar-te, sorri-te…
Pensei
que tinha encontrado a minha alma gémea, aquela pessoa com quem podia falar, partilhar,
sem restrições, sem complexos, sem julgamentos prévios.
O que
mudou? O que te assustou tanto? Seres feliz? Teres alguém ao teu lado, a querer
partilhar a sua vida contigo?
O que te
fez empurrares-me assim para tão longe? De onde vem essa vontade toda de o
fazer?
É como se
eu não contasse para ti, não existisse, não te dissesse nada. Não percebo.
Estou perdido. E sim, altamente inseguro.
Foste
ameaçando repetidas vezes, como se fosse algo que pretendias fazer, como me
informando que me abandonarias um dia, como se esperasses que eu gostasse da
ideia. Não gosto. Não quero.
Já não
sei o que fazer para acreditares em mim, para quereres estar comigo, para
gostares de mim.
Como eu gostava que tu gostasses tanto de mim como eu gosto de ti.
Gato muito pouco felpudo
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